Published on Revista Oeste 11 September: https://revistaoeste.com/uma-guerra-civil-nos-eua/
A mídia recusa-se a noticiar o que é evidente aos olhos de seus espectadores, e intelectuais argumentam que “saques e protestos violentos são vivenciados como eventos alegres e libertadores”
No verão passado, quando fiz uma viagem de carro com minha esposa pelos Estados Unidos, fiquei triste ao descobrir que essa era uma nação em guerra consigo mesma. “Logo as coisas irão de mal a pior, e teremos uma guerra civil”, comentou uma garçonete com minha mulher numa pequena cidade no Maine. Na época, achei que ela estivesse exagerando. Os eventos dos últimos dois ou três meses indicam que a mulher meio que tinha razão. Infelizmente, as divisões dentro dos Estados Unidos endureceram a ponto de pessoas demais sentirem que a violência é um meio aceitável de fazer uma manifestação política. Em anos recentes, surgiu uma nova filosofia de violência que busca normalizar o uso da força na vida pública. Diversos veículos de mídia nos Estados Unidos desculparam descaradamente protestos violentos e saques com o fundamento de que a violência sempre foi uma parte integrante do way of life norte-americano. Na revista The Atlantic, Kellie Carter Jackson argumentou que as manifestações atuais são comparáveis à revolta armada que levou à guerra por independência da nação. Ela escreveu que, “desde o início deste país, protestos e uma retórica violenta são marcadores do patriotismo”. Para justificar essa afirmação absurda, ignorou o objetivo da Revolução Americana, que era a aspiração à soberania e à independência, e defendeu que, “quando nossos fundadores lutaram por independência, a violência foi o toque de clarim”. De acordo com a revisão da história feita por Carter Jackson, a celebração da violência definiu o panorama dos líderes da revolução....
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